domingo, 8 de junho de 2014
A Viola Caipira de Roberto Corrêa
Excelente show, em São Paulo, no domingo à tarde (08/06/2014), no SESC
Ipiranga.
Conheci
Roberto Corrêa em 1989, por ocasião da realização de um documentário sobre o
Triângulo Mineiro produzido pela Secretaria de Estado da Educação de Minas
Gerais. O documentário, intitulado Trem de Minas, teve como um dos
idealizadores o filósofo e professor da UFMG, Moacyr Laterza, contemporâneo,
conterrâneo e amigo de meu pai (Lincoln Borges de Carvalho).
A equipe da filmagem veio a Uberaba e entrou em
contato com a direção da Fundação Cultural de Uberaba onde, naquela época, eu
era o responsável pela Coordenação de Programas Científicos e Culturais.
Acompanhei a equipe por quase uma semana,
visitando locais de interesse histórico e cultural. Fomos ao Desemboque, entramos
em contato com historiadores e intelectuais da cidade e região e identificamos
paisagens com interesse cênico relevante.
No documentário, Roberto Corrêa conta a história
do violeiro que pretende se tornar um grande artista da viola e para tanto tem
de achar uma cobra coral e fazê-la deslizar pelos seus dedos sem se deixar
picar. Se conseguisse, se tornaria um verdadeiro mestre. A seguir, ele toca uma
música de sua autoria.
Depois disso, sempre fiz questão de acompanhar
sua trajetória artística e, encontrando-me em São Paulo por ocasião de uma
apresentação sua no SESC Ipiranga, não poderia deixar de ver seu show. Valeu a
pena!
Roberto
Corrêa é “considerado um dos mais importantes nomes da viola no Brasil”. Segundo
sua página na internet (http://www.robertocorrea.com.br/), ele, que nasceu em
1957, em Campina Verde (MG), no Triângulo Mineiro, é hoje “um dos mais
importantes violeiros do Brasil. Sua atuação foi fundamental para o
desenvolvimento do potencial de solista da viola. Instrumentista virtuose,
compositor e pesquisador, Roberto Corrêa é reconhecido por seu talento e
dedicação”.
No show, ele interpretou 14 músicas, incluindo
Saudades de Matão, Odeon, Asa Branca, Trenzinho caipira e várias de sua
autoria, dentre elas as belíssimas composições Parecença e Jararaca Chateadeira.
Roberto Corrêa e Renato Muniz no SESC Ipiranga, SP
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