sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Parque Augusta: que cidade você deseja?



Todas as pessoas – não importa se moradores de cidades grandes, médias ou pequenas –, precisam de áreas verdes, de praças, de parques, de ruas arborizadas e de jardins. Os motivos dessa necessidade são conhecidos, relacionam-se ao conforto e ao bem estar, à boa qualidade do ar, à preservação da água e à melhoria das condições da vida.  Trata-se de um processo dinâmico, que envolve fatores sociais, ambientais, econômicos e culturais.

Nem sempre as pessoas compreendem a importância das áreas verdes, apesar de sentirem os efeitos negativos do calor, da aridez, das inundações, do vento e da falta de paisagens bonitas, o componente estético, um elemento subjetivo, mas igualmente relevante para melhorar a vida dos moradores das cidades. As áreas verdes públicas possibilitam locais de descanso, de leitura, de convivência e se prestam a inúmeras outras finalidades, todas elas benéficas e necessárias ao ser humano. 

Algumas empresas não se importam com essas razões e estão interessadas apenas no lucro imediato, na valorização dos terrenos no mercado imobiliário, a qualquer custo. Muitos administradores públicos são sensíveis à pressão exercida por essas empresas e não viabilizam as áreas verdes, em alguns casos dificultam, até mesmo impedem sua implantação, e não se importam com sua manutenção.

Quando a população se manifesta, os gestores passam a se preocupar com outro tipo de pressão, a mobilização popular, e aí a questão pode ganhar outros contornos, mais favoráveis à presença das áreas verdes. Caso contrário, salvo alguma administração mais comprometida com o bem estar da população, o que predomina é o asfalto, é o concreto no lugar das áreas verdes, é o desrespeito às normas de ocupação e uso do solo urbano, é a corrupção e a defesa dos interesses privados.

A história do Parque Augusta vem de longa data. A área já foi escola, estacionamento, já abrigou um circo, já foi objeto de disputas judiciais e, em alguns raros momentos, possibilitou que moradores da região usassem o espaço para passeios com seus cães. Em termos do mercado imobiliário, é uma “joia”, um verdadeiro filão. Por isso, as disputas e as pressões. Mas a área é importante como PARQUE PÚBLICO, aberto à comunidade, como local de convivência, pois representa um valor humano e ambiental inestimável, que não se deve submeter a um valor monetário.

Quem vai decidir a peleja? Quem conseguir se mobilizar de modo mais eficaz, quem conseguir exercer a melhor e a maior pressão. De que lado cada um de nós está? O que cada um de nós quer? Mais prédios, mais calor, mais aridez, mais seca, mais trânsito, ou maior conforto ambiental, maior biodiversidade? O que queremos para o futuro? Mais concreto ou mais árvores, mais água, mais flores, mais pássaros?

Nesse instante, a luta pelo Parque Augusta, público, aberto e livre de prédios, é isso aí. São escolhas de vida, de mundo. Simples assim.


Amigos, aliados e outras pessoas interessadas na criação do Parque Augusta têm realizado diversas ações como forma de pressionar o poder público a comprometer-se com o Parque. Uma dessas ações é o "Pic-nic à moda antiga". No dia 31 de agosto, aconteceu mais uma edição. Confiram algumas fotos abaixo. Viva o Parque Augusta!

Ana, Mara e Renato no "Picnic do Parque Augusta", em 31/08/2014 






quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Cuidado com os recipientes de plástico




Produto presente no plástico causa problemas de saúde

Trata-se do bisfenol A, um composto presente em alguns tipos de plástico. De acordo com a Agência G1, em um estudo recente, apresentado na XXIX Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), o bisfenol A pode ter um impacto sobre os hormônios da tireoide, segundo um estudo desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo foi conduzido pela Dra. Andrea Claudia Freitas Ferreira, professora da UFRJ, com vários estudos nesta área.

Segundo a reportagem publicada no G1, "os resultados sugerem que a ingestão da substância, presente em vários tipos de embalagem de alimentos e bebidas, pode levar ao ganho de peso."

É melhor evitar 

“Em relação ao consumo de alimentos e bebidas em embalagens plásticas, o ideal é que se minimize ao máximo, visto que componentes do plástico podem passar para os alimentos e bebidas, principalmente quando o recipiente é aquecido e resfriado”, diz Andrea, que orienta que o ideal é dar preferência a recipientes de vidro.

Uma outra preocupação que devemos ter, segundo ela, é em relação ao destino do lixo. “Muito material plástico é lançado no ambiente e acaba sendo ingerido por outros seres vivos. Como nós estamos no topo da cadeia alimentar, acabamos ingerindo esses compostos através da nossa alimentação.”

Por causa de estudos que levantaram dúvidas sobre a segurança do bisfenol A, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e fabricação de mamadeiras que contenham a substância no Brasil. Para outras aplicações, porém, o bisfenol A ainda é permitido, segundo a agência. O que a legislação estabelece é um limite de transferência dessa substância para o alimento, valor definido com base em estudos toxicológicos.

Fonte: G1 e Ambiente Brasil (03/09/2014)

Segundo a Wikipedia: “Bisfenol A ou BPA é um difenol, utilizado na produção do policarbonato de bisfenol A, o policarbonato mais comum, e de outros plásticos. A substância é proibida em países como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, bem como em alguns Estados norte-americanos, mas no Brasil era utilizada na produção de garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês e produtos de plástico variados, sendo proibida apenas ao final de 2011, com prazo até ao final de 2012 para a retirada do produto das prateleiras e estoques.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bisfenol_A


O bisfenol A e a ANVISA

"Por precaução, alguns países, inclusive o Brasil, optaram por proibir a importação e fabricação de mamadeiras que contenham Bisfenol A, considerando a maior exposição e susceptibilidade dos indivíduos usuários deste produto. Esta proibição está vigente desde janeiro de 2012 e foi feita por meio da Resolução RDC n. 41/2011. Assim, mamadeiras em policarbonato não podem ser comercializadas no Brasil."

"Para as demais aplicações, o BPA ainda é permitido, mas a legislação estabelece limite máximo de migração específica desta substância para o alimento que foi definido com base nos resultados de estudos toxicológicos."
Disponível em:  http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/alimentos/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3cvA_2CbEdFADQgSKI!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A/anvisa+portal/anvisa/inicio/alimentos/publicacao+alimentos/bisfenol+a

Como identificar o bisfenol A?
Verifique o símbolo da reciclagem, geralmente localizado embaixo, ou no fundo, dos recipientes. O policarbonato vem identificado com os números 3 ou 7, dentro de um triângulo. De qualquer forma, o melhor é evitar os produtos feitos de plástico para uso com alimentos. Se o recipiente não trouxer a informação, o melhor é não consumir.




segunda-feira, 1 de setembro de 2014

“A máquina de ensinar” na Bienal do Livro



Com a participação de mais de 300 editoras e expositores diversos, entre órgãos públicos, imprensa e entidades de classe, a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu entre os dias 22 e 31 de agosto, foi um evento, no mínimo, grandioso.

Esta edição, confirmando uma tendência que já vem das edições anteriores, atraiu principalmente o chamado público jovem, numa faixa etária que vai dos 10 aos 20 anos. Só nos dois sábados da feira, dias 23 e 30 de agosto, a estimativa, não oficial, deve ter sido de mais de 200 mil pagantes nos dois dias (ingressos a R$ 14,00 a inteira e R$7,00 a meia. Professores, idosos e profissionais do livro não pagam). A literatura fantástica, a literatura com temática “adolescente” e os quadrinhos polarizam a atenção deste público “jovem”. Autores badalados pela mídia e impulsionados por verdadeiras campanhas de marketing das grandes editoras ficam com o restante do público. Editoras pequenas e quase sem espaço de divulgação nos grandes jornais e revistas espremem-se de modo valente para sobreviver, pois o custo do estande é muito alto. Vale marcar presença, divulgar o catálogo e seus autores.

Eu estive lá no sábado, dia 30/08, para lançar meu novo livro: “A máquina de ensinar e outras crônicas sobre leitura e educação”, da Giz Editorial. Ainda bem que o lançamento ocorreu no período da manhã, pois à tarde não foi possível fazer mais nada, tal a avalanche de gente, que lotou os corredores, formou filas intermináveis para estacionar, para comprar ingressos, para almoçar, para ir ao toalete, para percorrer os estandes e até para sair. Na parte da manhã ainda era possível conversar com o público e com professores, a quem este livro é especialmente dirigido. Foi possível receber os amigos e conversar um pouquinho. Depois do almoço tornou-se inviável qualquer esperança de um olhar mais demorado e reflexivo sobre os livros, assunto principal da Bienal. E livros pedem certa calma, um tempo para serem apreciados.

Os livros merecem nossa atenção, merecem nosso apoio, em inúmeras circunstâncias. Vinte e três edições de Bienal do Livro significam um grande sucesso, representa uma trajetória vitoriosa em termos de Brasil, do livro e do mercado editorial. O que se espera é que, com a expansão do setor, com novos leitores sendo cada vez mais estimulados a ler e adquirir livros, as próximas edições encontrem um espaço maior ou um formato que vá além do espetáculo, das filas e dos gritos de fãs (sem rabugice da minha parte).

Quanto à experiência de lançar mais um livro na Bienal, e este foi o terceiro, digo que vale a pena. Estar entre leitores, num local cheio de gente interessada em leitura, em livros, em ideias, é gratificante.

Eis a ficha do livro:
Título: A máquina de ensinar e outras crônicas sobre leitura e educação
Autor: Renato Muniz
Editora: Giz Editorial
Cidade: São Paulo
Ano: 2014
Páginas: 144
Preço: R$ 29,90

Se você se interessou, escreva para mim: renatombcarvalho@gmail.com. Vamos trocar ideias sobre este livro, sobre outros livros, sobre leitura, sobre educação e ensino, sobre meio ambiente e educação ambiental dentre outros assuntos. Estou à disposição.

Veja algumas fotos do lançamento:

 Com a professora Tânia Ulhoa

 Com a professora Darci Bosco

 Com a professora Delcira Soares

 Com as professoras Cibele e Sirlene

 Com a professora Dóra Pedroso

 Com o editor da Giz, Walter Tierno

 Com familiares

 Com minha sobrinha Carolina

Com a ex-aluna Luzia e família

Com Ana Maciel, minha filha