quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Palestra no dia do jardineiro





Para comemorar o Dia do Jardineiro (15 de dezembro), a empresa Triângulo Máquinas, de Uberaba - MG, sempre promove um café da manhã e convida os jardineiros que atuam na cidade. Neste ano, fui chamado para fazer uma palestra para os convidados especiais do dia.

A palestra foi sobre novas tendências em jardinagem. Falei, especialmente, sobre as mudanças de concepções e a incorporação de posturas ecológicas nesta área. Após um breve histórico e questões teóricas, destaquei as cobranças cada vez maiores quanto à redução do uso de produtos tóxicos, sobre o respeito à biodiversidade, a valorização dos ecossistemas locais e sobre as exigências crescentes voltadas para o que se pode denominar consumo verde, ou consumo responsável e suas aplicações à jardinagem.

Num clima descontraído e participativo, conversei com os presentes sobre atitudes sustentáveis em jardinagem e sobre o solo considerado como um organismo vivo, sobre compostagem e reciclagem. Também conversamos sobre a importância da atualização e sobre a necessidade de se praticar uma relação ética com os clientes, entre a própria classe e com a natureza.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Representando o PROLER em Delta, MG






No dia dez de dezembro de 2010 tive o prazer de representar o Comitê Regional do PROLER Vale do Rio Grande no III Encontro Anual de Leitores da cidade de Delta, MG.

O Encontro foi promovido pela Biblioteca Pública Municipal “José Camilo”.

Estavam presentes jovens leitores, professores do município, a prefeita de Delta, Lauzita, a secretária de Educação do Município, Maria Tereza, a representante da Usina Delta, do Grupo Caeté, Marisa Benotti, e a diretora da Biblioteca, a professora Ivonete Silva.

Durante o Encontro foram premiados os jovens leitores que mais retiraram livros durante o ano. Uma lembrança foi entregue a todos os presentes, expressando o compromisso da Prefeitura de Delta com a educação, a cultura e o incentivo à leitura para todos os cidadãos deste município.

O PROLER – Programa Nacional de Incentivo à Leitura – é um projeto de valorização social da leitura e da escrita vinculado à Fundação Biblioteca Nacional e ao Ministério da Cultura (MINC). O Comitê do Vale do Rio Grande do PROLER realiza, há mais de dez anos, um encontro anual, um fórum de discussão das políticas públicas para o livro e a leitura e reuniões setoriais nas cidades que compõem o Comitê. A principal razão de sua existência é a democratização do acesso à leitura.


O Centro de Educação Ambiental Sítio da Pedreira participa do Comitê Vale do Rio Grande do PROLER e apóia o Programa em todas as suas ações.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bibliotecas para o futuro

Renato Muniz Barretto de Carvalho

Para muitas pessoas, ler é um prazer indescritível. Para outros é uma obrigação. Estudantes não poderiam passar pela escola sem ter lido umas tantas páginas, embora eu já tenha encontrado quem se vangloriasse de nunca ter lido um livro. Esse não soube o que perdeu. Em cada casa deveria existir uma biblioteca, por pequena que fosse, pois os livros são imprescindíveis, combinam com liberdade, com independência, com autonomia, com felicidade.

Do mesmo modo, cada cidade também deveria ter sua biblioteca pública, ou mais de uma(*). O ideal é que brotassem nos bairros, nas escolas, que fossem tantas quanto as praças existentes numa cidade, e que em cada uma delas existisse um local agradável para leitura, um caramanchão, uma pérgula, bancos confortáveis onde se pudesse passar belas manhãs ou tranquilas tardes. Imaginem as crianças brincando num gramado e as mães aproveitando seu tempo para ler. As pessoas mais velhas poderiam se reunir para trocar impressões de leituras, para comentar o último romance lido ou fazer uma indicação aos mais novos.

Associações de bairro, sindicatos, clubes deveriam se preocupar em montar sua própria biblioteca. Poderiam encarregar jovens estudantes universitários para que adquirissem os livros, montassem projetos de estímulo à leitura. Poderiam arregimentar pessoas dispostas a organizar as estantes, poderiam contar com a ajuda de bibliotecários para catalogar os livros. Bibliotecas comunitárias seriam montadas e dirigidas por moradores que dispusessem de tempo para tal. Professores poderiam elaborar roteiros, discutir autores, selecionar e sugerir a leitura dos clássicos, criar oficinas de criatividade, orientar quem quisesse escrever poesias, contos, romances...

Existem bibliotecas imensas, a maior delas nos Estados Unidos, a Biblioteca do Congresso, em Washington, DC. Foi fundada em 1800. Abriga cerca de 120 milhões de itens entre livros impressos, gravuras, manuscritos, discos e outros.

O Brasil possui boas bibliotecas, sendo uma das maiores a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. É considerada pela UNESCO a oitava biblioteca nacional do mundo, e é, também, a maior biblioteca da América Latina. Sua história relaciona-se com a antiga Livraria Real, de Portugal. No Brasil, constituiu-se a partir da transferência da rainha D. Maria I, de D. João, o Príncipe Regente, e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. As sessenta mil peças iniciais, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, transformaram-se, hoje, em mais de nove milhões de itens.

Grandes ou pequenas, antigas ou novas, as bibliotecas deveriam ser respeitadas e frequentadas por todas as pessoas. Suas portas deveriam ficar sempre abertas para se garantir a chegada do futuro.

(À professora Tânia Ulhoa, pelo apoio).

* Só 17 cidades ainda não têm biblioteca

(Por Galeno Amorim: http://www.blogdogaleno.com.br/, em 02/12/2010)

Das 1.300 cidades do País que não possuíam uma única biblioteca em 2003, segundo levantamento da época do IBGE, só 17 ainda não instalaram a sua. Dotar cada município de uma biblioteca é um esforço que agora completa cinco governos: teve início com Afonso Romano de Sant´Anna como presidente da Fundação Biblioteca Nacional na década de 1990 e ganhou impulso no governo Lula. Por que ainda não zerou essa lista suja? Porque alguns prefeitos simplesmente se recusam com a desculpa de que isso dá muito trabalho e alguma despesa.

Para tentar quebrar esse tipo de resistência, o Ministério da Cultura radicalizou: publicou, esta semana, portaria em que suspende repasses de verbas da pasta para cidades que não possuírem pelo menos uma biblioteca em funcionamento.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em Araxá




No final de novembro, estive em Araxá (MG), para divulgar o livro “Os bichos são gente boa” e o Centro de Educação Ambiental (CEA) Sítio da Pedreira.

O convite partiu da jornalista Ana Paula Machado Kikuchi, do Jornal Clarim, um dos mais lidos na cidade de Araxá e região. O Clarim completa, em 2011, quinze anos de circulação ininterrupta, e eu colaboro com artigos e crônicas desde o início, sempre na página dois, na coluna “Opinião”.

Além do Jornal Clarim, o Centro Universitário do Planalto de Araxá (UNIARAXÁ), a Fundação Cultural Calmon Barreto e a Academia Araxaense de Letras promoveram minha ida e a da Mara, esposa, professora como eu, diretora do CEA Sítio da Pedreira e responsável pelas ilustrações do livro.

Uma agradável noite de autógrafos aconteceu no átrio da Fundação Cultural Calmon Barreto, na quarta-feira. Entre os presentes estavam alguns vereadores, o livreiro Luiz Henrique Maluf, proprietário da Livraria Empório do Livro, a Secretária de Educação, Giovana Maria Mesquita de Paula Guimarães, e a superintendente da Fundação de Assistência à Mulher Araxaense, Lídia Jordão, além da equipe do Jornal Clarim, dando a maior força.

Na cidade, quem nos acompanhou o tempo todo, com muito carinho e atenção, foram a Ana Paula e a professora Cátia Maria Lemos Melo Zema, que é presidente da Academia de Letras, ouvidora do UNIARAXÁ e assina uma coluna semanal no Clarim.

Visitamos as escolas Colégio Atena, Colégio São Domingos, Escola Municipal Dona Gabriela, Escola de Aplicação Lélia Guimarães e o UNIARAXÁ. Em todas as escolas tivemos a oportunidade de conversar com os alunos e professores.

A experiência de conversar com crianças sobre literatura, livros e educação ambiental é extremamente gratificante e marcou a visita feita à cidade de Araxá. Perguntas espontâneas, revelações pessoais descontraídas, desejos ingênuos e singelos e a confiança num mundo melhor é a marca registrada das crianças. Nisso vale a pena apostar.