quarta-feira, 20 de novembro de 2013
O homem mais rico do planeta
Pombos fofocando no poleiro
Renato
Muniz Barretto de Carvalho
Histórias de sucesso e
riqueza nos atraem, não é mesmo? Pois outro dia, ouvi alguém comentar que um
sujeito aí, prefiro não falar o nome dele agora, era dono de uma grande empresa.
Estranhei a informação, afinal a tal empresa era uma multinacional europeia, e nem
me constava que a família do dito cujo fosse tão rica assim nas europas. Talvez
tivesse recebido um prêmio da loteria, mas percebi que para amealhar os milhões
que, segundo disseram, ele tinha, nem se tivesse tirado a sorte grande umas
vinte vezes, e todas elas tendo recebido o maior prêmio. Não, não foi por meio
da loteria que enriqueceu.
A curiosidade de saber
a origem de uma fortuna repentina assim me conduziu a uma pesquisa pessoal. A
fama do sujeito ia longe. Conversei com muita gente a respeito do assunto. A
maioria me contava histórias incríveis. O sujeito era dono de várias fazendas,
todas muito bem localizadas. Uma delas ficava em Uberaba (MG), centro
importante da pecuária nacional. Aliás, nesta cidade ele tinha três ou quatro
propriedades, não consegui saber ao certo. Disseram que uma vez por ano ele
visitava as terras, mas nunca soube de sua presença nesta cidade. Devia ser bem
discreto né?
O seu dom para comprar
propriedades devia ser estudado em faculdades de Administração. Porque ele
simplesmente comprava as melhores fazendas, em regiões privilegiadas. Outra
aquisição, eu soube depois, foi uma propriedade em Araçatuba (SP). Ele sabe o
que faz! Bem verdade que o dono anterior desta fazenda tentou desmentir o
negócio, mas o assunto desapareceu da imprensa e das rodinhas de corretores de
imóveis. Sei que devia ser verdade, pois ninguém inventaria uma história assim,
ainda mais envolvendo valores tão elevados e personalidades tão importantes.
Concorda?
Mas não pensem que o
sujeito ficou só nessas duas fazendas não. Minhas pesquisas levantaram a compra
de fazendas em Campo Grande (MS), na Bahia, na região de Barreiras, e até no
Pará! E, fora as terras, todas elas vinham recheadas de muito gado, de
preferência da raça nelore, o que o transformava no maior criador de gado do
país e, talvez, do mundo! O cara não era bobo não. Dizem ainda que era sócio de
um cantor de música sertaneja. Mas o sujeito nunca aparecia, nem para uma
palhinha...
Ele devia ter um método
especial de gerenciar suas propriedades, ou de fazer negócios, as aquisições,
porque em todas elas o antigo proprietário continuava atuando, continuava dando
as ordens. Eram belíssimas fazendas de gado, com sedes cinematográficas, casas
enormes, pastagens bem verdes, muito gado no pasto. Por sinal, ele nunca
aparecia nas fotografias, devia ser por questões de segurança. Mas quase todas
as pessoas que consultei me afirmavam que o dono era ele. Eu acredito nas
pessoas e no que elas dizem.
Além de exímio
comprador de fazendas, o sujeito era grande investidor e empresário de sucesso
no ramo da informática. Quem sabe, sabe. Más línguas afirmavam que tudo tinha
sido conseguido por meio de arranjos políticos, de caixa dois em campanhas,
fruto do pagamento de propinas. Além de dono de fazendas e empresas, ele um
grande investidor na Bolsa de Valores, fora os dólares guardados em contas
bancárias nos paraísos fiscais.
Agora, façam-me um
favor: coloquem um nome no sujeito, de preferência de um desafeto político, ou de
alguém próximo a um político que te contrariou, ainda que seja uma desavença
ideológica, e espalhem a notícia. Podem exagerar um pouquinho, não vai fazer a
menor diferença mesmo, a não ser para quem quiser acreditar, ou para aqueles
que não têm interesse em acompanhar o noticiário político ou econômico e
preferem as revistas de fofocas de artistas. Para esses, e os que espalham
boatos, pouco importam os métodos arcaicos, sujos e desonestos de alguns
conduzirem as questões políticas, o que importa é confundir e desestabilizar
para que certos privilégios permaneçam. Enquanto isso, os verdadeiros crápulas
dão risadas. Riem de nós!
Quebrem a cabeça!
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