sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Direitos Humanos e desinformação: a propósito dos 70 anos da Declaração de Direitos Humanos
Direitos
Humanos e desinformação: a propósito dos 70 anos da Declaração de Direitos
Humanos
Renato
Muniz B. Carvalho
O
artigo 19 da Declaração Universal de Direitos Humanos determina que o aceso à
informação é um direito humano fundamental.
Um
grave problema da humanidade no século XXI continua sendo a desinformação. É
saudável e necessário haver discordâncias, pontos de vista diferentes,
ideologias distintas, diferenças de opinião etc., mas a desinformação é algo
contraproducente, que causa conflitos e desentendimentos entre os povos.
A
origem da desinformação pode ser a ausência das informações básicas, a falta da
difusão de notícias — algo difícil de imaginar nestes tempos, com tantas
mídias. Pode ser a censura, existente em regimes totalitários. Pode ser o
analfabetismo e suas sequelas — mas isso, por si só, não justifica sua
existência. Pode ser fruto de dificuldades cognitivas ou neurológicas. Pode ser
alguma incapacidade ideológica que nos impede de confrontar realidade vs.
pontos de vista. Esse último tipo de desinformação é mais inquietante e de
difícil solução.
Temos
uma chance de melhorar o problema: podemos difundir ao máximo as informações
corretas, de preferência vindas de fontes originais. Outra possibilidade é
garantirmos espaços e oportunidades para o debate, para o diálogo sobre os mais
diversos assuntos.
No
caso dos direitos humanos, vale a pena conhecer a história e, principalmente,
os fatos e circunstâncias que levaram os povos a adotarem, em 10 de dezembro de
1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. As instâncias da ONU tiveram
papel decisivo, culminando na Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em
10 de dezembro de 1948.
Uma
sugestão para combater a desinformação sobre os direitos humanos é debater e
conhecer um pouco mais o assunto nas páginas da própria ONU: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/
Na sede da ONU, em Nova Iorque, há uma escultura bastante
simbólica. Trata-se de um revólver com o cano amarrado em um nó. Seu autor é o
artista sueco Carl Fredrik Reuterswärd (1934-2016). Ele fez a obra após a morte
de John Lennon. A escultura foi concebida como símbolo da paz após o
assassinato do músico, a tiros, em 8 de dezembro de 1980. A peça foi doada às Nações
Unidas em 1988.
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