quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Posse na Academia de Letras do Triângulo Mineiro
No
dia 18 de dezembro de 2014, tomei posse na Academia de Letras do Triângulo
Mineiro (ALTM). Confesso, de antemão, que nunca me passou pela cabeça tornar-me
um “acadêmico”. Isso não estava nos meus planos, mas a vida quase sempre não
está nem aí para os nossos planos, não é?
Um
grupo de amigos, já acadêmicos, sugeriu meu nome e não tive como negar minha
candidatura. E fui lá eu ser acadêmico na vida. Justamente eu, que nem me considero um
escritor, apesar de ter publicado um monte de coisas ao longo da vida, estou,
então, devidamente inscrito no quadro de uma academia de letras, e numa das
quais eu considero das mais sérias e comprometidas com as letras e com a
cultura regional. Ainda bem! Aliás, os meus primeiros textos publicados o foram
com o estímulo de acadêmicos da ALTM, lá na década de 1970. Não deve contar
muito, porque eram todos amigos do meu pai, mas eles não deviam nada a ele, a
não ser uma sincera amizade, e, se colaboraram para a publicação dos meus
textos, foi porque devem ter encontrado neles alguma qualidade. Sei lá! Valeu
como estímulo, coisa que falta a muita gente boa nesse país.
A
ALTM foi fundada em 1962, e sempre se guiou por adotar uma perspectiva regional,
e esta é uma das suas boas qualidades. Outra boa qualidade, decorrente da
primeira, foi se preocupar com a difusão de obras de história regional, tendo,
pelo esforço de seus confrades, contribuído para a publicação de obras de autores
que se dedicaram a pensar o Triângulo Mineiro desde o século XIX. Hoje, este
acervo está disponível para estudos em instituições acadêmicas e educacionais,
entre outras, dedicadas à pesquisa regional do país todo e no estrangeiro.
Outra grande qualidade foi se dedicar à publicação de uma revista, a Revista Convergência,
cujo primeiro número é de junho de 1971, embora só o segundo número, de 1972,
passasse a se denominar Convergência, revista esta dedicada a divulgar a obra
dos acadêmicos e outros textos de interesse cultural, artístico e histórico,
que já tem 43 anos de vida. É um feito! Mais uma louvável iniciativa foi ter
publicado os “Cadernos da Academia”, com textos históricos e literários de
grande abrangência. Ou seja, a ALTM é mais do que uma instituição voltada
exclusivamente às letras, é uma instituição múltipla, atuante, dedicada a temas
ligados à promoção das artes, da cultura, comprometida com a defesa da
literatura e do patrimônio artístico, arquitetônico, histórico e cultural, do
Triângulo Mineiro, do Brasil e do mundo, sempre que isso diga respeito e
represente avanços à cultura e ao pensamento humanista. Quero crer! E quero
contribuir para que estes ideais tenham continuidade.
O
jornalista e escritor Jorge Alberto Nabut, atual presidente da ALTM, publicou
uma notícia da posse, que eu transcrevo abaixo (em itálico), já agradecido pela
gostosa acolhida numa noite que teve até música e a apresentação do Coral
Artístico Uberabense, com regência de Olga Frange. Vejam a seguir:
RENATO E GUIDO
NOITE da melhor
qualidade foi vivenciada dia 18 de dezembro, na sala de eventos da Aciu. Posse
de Renato Muniz de Carvalho na cadeira número 1, que pertenceu ao seu pai, o
culto Lincoln Borges de Carvalho; o lançamento das revistas Saberes Acadêmicos
e Convergência, e do livro Personalidades Uberabenses, de Guido Bilharinho,
resultou numa convivência aberta com nossos intelectuais.
NOITE NA ACIU
SE Renato Muniz fez
deliciosa volta ao passado, recuperando importantes momentos da vida cultural
da cidade, na sua adolescência e juventude, Guido foi sucinto para falar das
mais de 300 páginas de seu livro. Regido por Olga Maria Frange, o Coral
Artístico Uberabense deu ao evento o verdadeiro e qualificado clima natalino,
no melhor sentido cristão. E com gosto de quero mais, como disse Lídia Prata.
Sempre parceiro, Manoel Rodrigues Neto fechou o evento com boas perspectivas
para 2015. (Jornal da Manhã, 20 de dezembro de 2014).
O
fotógrafo Paulo Lúcio fez algumas fotos durante o evento, dentre as quais eu
destaco a que segue abaixo, também publicada pelo Jorge Nabut no Jornal da
Manhã:
Renato
Muniz de Carvalho com Mara, na sua posse na Academia de Letras
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