De bem com a vida!

Renato Muniz e Mara Maciel 

 

Os dias estão ficando cada vez mais curtos e compromissados demais com o trabalho e com as obrigações diárias. Será que é possível marcar na agenda um momento para ficar apenas de bem com a vida?

Afinal, o que é ficar de bem com a vida? Será que é ficar sentado no sofá vendo TV? Trabalhar muito, ganhar bastante dinheiro, ter sucesso? Pode ser que sim, mas isso também pode significar relações estressantes, rotinas pouco criativas, cansaço físico e mental.

É descansar numa rede com um livro nas mãos? Por que não? É pegar uma estrada só para observar a mudança da paisagem e conhecer caminhos e direções diferentes do que encontramos no nosso dia-a-dia? É importante também. Ou é sair com os amigos, mas mudando os locais de encontro e o papo, para que a atividade seja realmente relaxante? Correto!

Ah! Caminhar pode ser interessante, principalmente se o caminho estiver cercado por árvores e acompanhado de cheiros úmidos, cores suaves e sons de aves. Pode ser muito bom!

Pode ser ótimo, pois já está comprovado que o ato de caminhar pode, segundo várias pesquisas, atenuar a fadiga cerebral. E isso vale para as crianças que ficam desatentas com tantas informações que as rodeiam, vale para aqueles que trabalham em escritórios modernos e em locais tediantes, para aqueles que realizam trabalhos repetitivos e desgastantes, em locais fechados e com iluminação artificial.

Eis o que uma reportagem publicada no caderno Equilíbrio do jornal Folha de São Paulo (15/04/2013) nos conta sobre um estudo feito na Escócia: “Os ambientes naturais evocam a ‘fascinação suave’, um termo para a contemplação silenciosa, durante a qual o cérebro pode reiniciar os recursos sobrecarregados da atenção e reduzir a fadiga mental”.

É preciso mudar a rotina de vez em quando, parar o processo de repetição e de achar que não existe muita opção para o que fazer. É importante saber que existem espaços no meio rural, em parques urbanos e em outras áreas que recebem pessoas que queiram sair da rotina e encontrar o bem-estar que existe como uma possibilidade real dentro de cada um de nós. A vontade de encontrar um meio de escapar do que nos faz mal já é um bom começo. Outra boa solução é procurar um programa que pode ser apenas caminhar numa trilha entre árvores, contemplar a paisagem, fazer uma refeição ao ar livre, participar de um bate-papo tranquilo com amigos, ou tudo isso junto.

Qualquer mudança de rotina pode ser válida, desde que se queira e que se realize como situação de bem estar, consigo mesmo e com a vida. Mudanças de atitudes podem nos aliviar das tensões e podem ser renovadoras de energia!

Diversos estudos e pesquisas têm ressaltado que pessoas que moram próximas a áreas verdes, a locais arborizados e a parques, ou que os frequentam sempre, têm níveis menores de cortisol (o hormônio do estresse), em comparação com aqueles que vivem nas áreas urbanas densamente povoadas, cercados por concreto, asfalto, insegurança e ruídos constantes.

E então, ficou com vontade de passear na mata? Num parque? Numa área verde? Isso vai te fazer bem! 

O texto acima, de autoria de Renato Muniz Barretto de Carvalho e Mara Santina Maciel de Oliveira, foi publicado na 14ª edição do jornal Gestão Responsável. Dirigido pela Jornalista Ana Cristina Marquez o Jornal Gestão Responsável está em circulação desde dezembro de 2009. É um periódico bimestral que visa divulgar as ações de responsabilidade socioambiental dos setores públicos e privados de Uberaba e região, além das atividades praticadas pelas instituições que compõem o Terceiro Setor. A tiragem é de 3500 exemplares distribuídos de forma gratuita, atingindo os distritos industriais, entidades de classe, como ACIU, CDL, Fiemg, Sebrae, Instituições públicas, além de pontos comerciais. Também é encartado no Jornal de Uberaba. Edição de 03/05/2013. Acesse o link: http://issuu.com/gestaoresponsavel/docs/gestao_maio_13/1