quinta-feira, 31 de maio de 2012

Palestra: resíduos sólidos



Facthus e Instituto Agronelli participam de Sipat na Ourofino

A Faculdade de Talentos Humanos (Facthus) e Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social (Iades) realizaram na última terça-feira (29), palestra sobre resíduos, na empresa Ourofino Agronegócios, durante as atividades da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat).

A técnica do Projeto Criança Recicla Vida, Marizélia Gomes, explica que a Ourofino é parceira do Iades nas ações da Gincana Vivenciando os 3R’s e articulou entre os parceiros, uma palestra sobre resíduos sólidos, apresentada pelo coordenador do curso de Engenharia Ambiental da Facthus, Renato Muniz. “Além deste tema, apresentamos o Iades e as ações da Gincana Vivenciando os 3 R’s para os colaboradores da empresa e ressaltamos a importância  dessas parcerias e o compromisso de todos para as questões ambientais”, acrescenta. Marizélia estima que, aproximadamente, 100 funcionários participaram da palestra.

A Gincana Vivenciando os 3 R's é uma ação do projeto Criança Recicla Vida e é desenvolvida pelo Comitê de Cidadania Empresarial da FIEMG do Vale do Rio Grande e Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social. A inciativa visa conscientizar e incentivar a população uberabense sobre a importância da coleta seletiva e a captação de recursos para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Uberaba (Fumdicau), através da articulação de escolas e empresas, sociedade civil e órgãos públicos.

Release do IADES – Instituto Agronelli de Desenvolvimento Social


Palestra sobre resíduos sólidos



Terça-feira, dia 29 de maio, foi a vez de falar para o pessoal da Empresa Ourofino, no Distrito Industrial III, de Uberaba, MG. O tema escolhido por eles foi "Resíduos sólidos". O assunto é atual e minha fala contribuiu para a discussão e as ações desenvolvidas pelo Instituto Agronelli, parceiro da FACTHUS no Projeto "Gincana Vivenciando os 3Rs", projeto que desenvolve ações para sensibilizar a comunidade, as empresas e o poder público para a coleta seletiva e a captação de recursos para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Os resíduos sólidos são um problema ambiental, social, econômico e político na atualidade. Para seu entendimento temos de compreender o que acontece com a saúde da população, observar tanto os aspectos técnicos quanto os culturais, e estudar questões ligadas à sustentabilidade da vida nas cidades e no campo. Diante do rápido esgotamento dos locais de armazenamento, da poluição provocada e do impacto sobre o meio ambiente, é uma questão emergencial no contexto atual.

A população brasileira, que é de mais de 190 milhões de pessoas, segundo o Censo de 2010 (IBGE), produz diariamente algo em torno de 500g a 1000 kg de resíduos sólidos (lixo) per capita, dependendo da região e de outras circunstâncias. Isso coloca o Brasil entre os maiores produtores do mundo. É nas cidades que são geradas as maiores quantidades, e 85% da população brasileira já moram nas cidades.  

Acontece que o destino de mais de 75% do lixo produzido são as vias públicas, os terrenos baldios, os corpos d’água, contaminando assim os recursos hídricos e a paisagem. Algumas cidades brasileiras coletam o lixo produzido por seus habitantes, em outras, entretanto, quase a metade é atirada nas ruas, despejado nos rios, nos lagos, nas lagoas e no mar. Esta situação é insustentável, além de vergonhosa.

Está na hora de todos se mobilizarem e se sensibilizarem para mudarmos esse panorama. Palestras e ações voltadas à coleta seletiva, à compostagem, à redução, como mostramos na Empresa Ourofino, podem fazer a diferença. 






terça-feira, 29 de maio de 2012

Dia do Geógrafo


No dia 29 de maio, no Brasil, comemora-se o Dia do Geógrafo.

A história dos geógrafos e da Geografia no Brasil no século XX confunde-se com a história do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB). A AGB foi criada em 1934 e o IBGE, embora também criado no mesmo ano, só foi instalado, como Instituto Nacional de Estatística, em 1936.

O geógrafo é o profissional habilitado, segundo legislação específica, a desenvolver estudos, planejar e realizar diagnósticos relacionados ao meio ambiente. É o profissional que concluiu o Bacharelado em Geografia, legalmente habilitado através da Lei 6664/79, e que obteve seu registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).

Diferencia-se do professor de Geografia, que é o profissional que tem licenciatura em Geografia, podendo exercer legalmente as funções de docência.

Para além da data, da legislação e das diferenças, é preciso um trabalho notável de valorização da própria ciência geográfica, dos profissionais da Geografia e dos professores de Geografia. Esta valorização implica em gestões constantes para que os órgãos públicos e as empresas contratem geógrafos. E que a sociedade identifique e reconheça a importância tanto do geógrafo quanto do professor de Geografia no conjunto das profissões fundamentais para uma existência digna e um mundo diferente do que temos hoje.

Os geógrafos e os professores de geografia são os profissionais capacitados a pensar e refletir sobre a relação da sociedade com a natureza, as diversas propostas existentes sobre o desenvolvimento sustentável e as melhorias que a sociedade demanda na gestão do território.

Para que tal aconteça, é preciso que a disciplina Geografia não perca espaço nos currículos do ensino fundamental e médio, e seja reconhecida como um saber fundamental no processo de formação do ser humano.

Como não tenho a pretensão de defender neutralidades, entendo que o papel do geógrafo só pode ser o da defesa do meio ambiente, como uma questão social e política, e o da defesa da libertação do ser humano num sentido filosófico e prático, conforme colocado por Marx e Sartre.

Em homenagem ao Dia do Geógrafo, destaco a figura ímpar do professor Armando Corrêa da Silva (1931 – 2000), meu professor na USP, um dos grandes responsáveis pela discussão das questões conceituais dentro da ciência geográfica e pelo fortalecimento da Geografia Crítica no Brasil.

Armando Corrêa da Silva dirigiu, nos anos 1970 e 1980, uma das mais importantes coleções de livros de Geografia no Brasil, a Coleção “Geografia: Teoria e Realidade”,  da Editora HUCITEC (São Paulo), com traduções importantes das obras de David Harvey, Richard Hartshorne e Pierre Monbeig, além da publicação de inúmeros autores nacionais, como Milton Santos.

Saudades do Armando!

Parabéns a todos os geógrafos e geógrafas!

  
 Renato Muniz e Armando Corrêa da Silva (1998)

 Armando Corrêa da Silva, ao fundo Renato e Mara



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mais Código Florestal, mais florestas, mais debates



A sociedade brasileira continua debatendo o Código Florestal e a questão ambiental. Quando questões como essas mobilizam a imprensa, os estudantes, os cientistas e o povo nas ruas, é a sociedade em movimento. Esse é o caminho.

É preciso não se deixar enganar pelas soluções simplistas e muito menos pela desinformação, pelas estatísticas enganosas que só os “importantes” dizem ter. As respostas de que todos precisam só poderão vir do debate, da democracia, da participação popular.

A discussão é longa e complexa. Por isso, deveria envolver mais pessoas, propiciar mais estudos técnicos e maior tempo para decisão. Ninguém pode ser prejudicado, mas o maior prejuízo, se a atual proposta não fosse vetada, seria para a população. O meio ambiente, está na Constituição Federal, é um bem do país, de toda a população brasileira (ver art. 225 da CF: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"). Observe-se bem a responsabilidade do poder público quanto a isso.

De qualquer forma, é bom que a sociedade se mobilize, discuta, participe. 


Mesa do debate do dia 12 de abril de 2012, na UFTM
Da esquerda para a direita, a professora Clarissa Barreto, o mediador, professor Fábio, 
o professor Renato Muniz e o relator, deputado Paulo Piau.